Falta mão de obra qualificada em Pernambuco



Como em todo o Brasil, as empresas da construção civil de Pernambuco também sofrem com a falta de mão de obra qualificada no setor. Faltam pedreiros, marceneiros, eletricistas e até engenheiros. A pesquisa divulgada na semana passada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção, aponta que a escassez de profissionais atinge pelo menos 89% das empresas do segmento e Pernambuco não está fora desta estatística. “A falta de mão de obra atinge o Estado e o País. Com certeza isso atrapalha o andamento de algumas obras e atrasa a entrega. Um prédio é feito com profissionais de várias atividades e isso acaba gerando atraso no cronograma dos empreendimentos”, comenta o presidente do conselho da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ade­mi-PE), Marcello Gomes.

Para o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon-PE), Gustavo de Miranda, a falta de mão de obra se deve ao rápido desenvolvimen­to no setor após passar 20 anos praticamente adormecido. “Isso é um problema sazonal e, com o aquecimento acelerado da economia, o fato se agravou. Nesse período há um esforço muito grande de instituições como a Agência do Trabalho, o Sesi e a Escola da Cons­trução Ci­vil pa­ra conseguirmos qualificação de um número muito grande de profissionais”, destaca.

A pesquisa mostra ainda que 64% das empresas enfrentam o problema da falta de trabalhador qualificado e, por este motivo, acabam promovendo a capacitação nos próprios canteiros de obras. Para Gomes, este é um fator que ocorre naturalmente na execução dos empreendimentos. Segundo ele, mais de 70% da mão de obra é qualificada dentro dos canteiros.

“Grande parte da construção é treinada e qualificada dentro da própria obra. Inclusive, boa parte destes trabalhadores tem sido capacitado junto aos profissionais mais experientes. A construção civil é uma atividade muito artesanal, então precisa que ela seja passada dos mais experientes para os mais novos”, revela. Gomes argumenta que a ausência de mão de obra não afeta o resultado dos empreendimentos. “Apesar de sentirmos falta destes profissionais, ainda não temos visto falta de qualidade no produto final”, completa.

Fonte: Blog da Folha

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