O bolso dos consumidores continuará a sangrar no momento de abastecer o seu veículo pelo menos nos próximos 15 dias. É que os preços do álcool e da gasolina só deverão começar a se reacomodar a partir de meados de maio. Essa é a expectativa de distribuidoras de todo o país e dos postos de combustíveis na capital mineira. De acordo com o Sindicato do Açúcar e do Álcool (Sindaçúcar/Siamig), hoje já há 170 destilarias produzindo álcool na região Centro-Sul, o que representa 50% das unidades. A expectativa é que em 1º de maio, 80% já estejam produzindo o combustível. O aumento da oferta do etanol e do álcool anidro, que já começou a ocorrer com o início da safra 2011-2012, ainda não foi suficiente para atender à demanda.
Para Luiz Custódio Cotta Martins, presidente do Sindaçúcar/Siamig, a expectativa é que em meados de maio o litro do álcool na usina passe a custar R$ 1. No dia 15 de abril, o álcool anidro custava R$ 2,72 e no dia 20 do mesmo mês já tinha caído para R$ 1,72, informa Martins. No mesmo período, o etanol saiu de R$ 1,38 e passou para R$ 1,45. Ele não faz previsão para o preço do anidro, usado como aditivo para a gasolina. Isso não quer dizer, porém, que os preços do álcool combustível e da gasolina voltarão aos patamares anteriores à crise de oferta.
“Esperamos uma acomodação de preços a partir das próximas duas semanas em função da ampliação da oferta. A tendência é de queda, mas as condições de mercado vão interferir no comportamento dos preços”, diz Cyro Souza, diretor de operações da Ale Combustíveis. Enquanto isso, de acordo com Paulo Miranda, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), os postos de abastecimento de combustível esperam a oferta do álcool aumentar. “Estamos preocupados. As usinas já começaram a produzir álcool e na semana passada o preço subiu 5%”, observa.
Fonte: pernambuco.com
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